Antes de mais, é plausível esclarecer os conceitos que servem de base à criação deste blogue.
Comecemos com a definição de ciberespaço.
A palavra ciberespaço foi inventada em 1984, por William Gibson no seu livro "Neuromante". Este dá a seguinte definição:
"Ciberespaço. Uma alucinação consensual diariamente experimentada por biliões de operadores legítimos, em cada país, por crianças a quem são ensinados conceitos matemáticos... Uma representação gráfica de dados extraídos de bancos de cada computador do sistema humano. Complexidade impensável. Linhas de luz alinhadas no não-espaço da mente, clusters e constelações de dados. Como luzes da cidade, afastando-se..."
O ciberespaço é um espaço que existe onde não é necessária a presença física do Homem para que exista comunicação. É o espaço virtual onde a comunicação é possibilitada pelo meio da tecnologia, e o seu principal ambiente considera-se que seja a Internet.
Não existe fronteiras nem espaço físico, existe revitalização de distâncias e dinamização da comunicação.
Pierre Lévy define o ciberespaço como "o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores". (1999)
Com o ciberespaço proporcionou-se uma maior distorção da percepção do espaço e do tempo. Distorcem-se os limites entre o real e o imaginário, o próximo e o distante.
A consolidação do ciberespaço acabou por fazer surgir novas transformações, como o caso da cibercultura.
"Quando escrevi Neuromante, quase 25 anos atrás, o ciberespaço estava lá e nós estávamos aqui. Em 2007, o que não nos importamos mais de chamar ciberespaço, está aqui, e aqueles momentos sem conectividade, cada vez mais raros, estão lá. E aí está a diferença. Não houve um amanhecer tingido de vermelho em que nos levantámos, olhámos pela janela e dissemos: 'Oh meu Deus, tudo é ciberespaço agora'." Dito por William Gibson, numa entrevista em 2007 publicada pelo Washington post.
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