sábado, 27 de abril de 2013

Man of the week #2

Pierre Lévy


Pierre Lévy é um filósofo que estuda as interacções entre a Internet e a Sociedade.
Nasceu no dia 2 de Julho de 1956, na Tunísia, numa família judaica.


Relativamente às suas habilitações, sabe-se pouco até 1980, quando tirou um mestrado em História da Ciência e, em seguida, tirou um doutoramento em Sociologia da Informação e da Comunicação, em França, na Universidade de Sorbonne.

Pierre Lévy é membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Canadense de Ciências e Humanidades).


Algumas das suas obras:

  • "A Revolução contemporânea em matéria de Comunicação"
  • "As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática"
  • "O que é o virtual?"
  • "A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial?"
  • "Cibercultura"
  • "Filosofia World: o mercado, o ciberespaço, a consciência"

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cibercultura - O que é?


Sendo a disciplina onde está a ser desenvolvido este blogue denominada Cibercultura, é conveniente esclarecer o seu significado.

A cibercultura é uma forma sociocultural que sucede de uma relação de intercâmbio entre a sociedade, as novas tecnologias e a cultura. Caracteriza-se por ser uma nova forma de conhecer as relações, mais concretamente as relações tecnológicas, que se constituem na sociedade.

A denominação de cibercultura surgiu na década de 60 (sociedade pós-moderna) devido a novas formas de sociabilidade, isto é, começaram a criar-se relações entre as tecnologias de informação, de comunicação e o Homem. Ou seja, basta um computador e com apenas um clique se pode conhecer lugares e pessoas sem se sair do sítio onde se encontra. Permite, desta forma, uma aproximação entre indivíduos através das novas ferramentas virtuais.

A cibercultura também pode ser vista como a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais, uma vez que está presente na vida quotidiana, através de inúmeros meios, como, por exemplo o sistema de pagamento pela Internet e o voto electrónico. Neste âmbito, a cibercultura tem fomentado a criação de “media do cidadão”, onde os indivíduos são estimulados a produzir, distribuir e reciclar conteúdos.

Em suma, a cibercultura, desde o seu aparecimento, tem mudado o imaginário e as relações humanas, na medida em que a sociedade cada vez mais se comunica e relaciona através das tecnologias. Existe como que uma migração do mundo real para o imaginário, o que permite ao indivíduo a recriação do seu espaço social.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Electronic Frontier Foundation - EFF


No ciberespaço, acontece o fenómeno de subjectividade do sujeito, isto é, não existe uma identidade pois não há um “eu”, um corpo, e assim a noção de sujeito e responsabilidade desvanece-se. Para que existam regras no ciberespaço uma organização foi criada para defender os direitos de liberdade de expressão, a Electronic Frontier Foundation.

Electronic Frontier Foundation


A Electronic Frontier Foundation (EFF) é uma organização com o objectivo de proteger os direitos de liberdade de expressão no ciberespaço. Esta é uma organização sem fins lucrativos com sede em São Francisco na Califórnia que se mantêm através de doações externas. Para além dos colaboradores na sede, a EFF já têm representantes em Toronto, Ontário e Washington DC.
A organização exerce funções como proporcionar ou financiar defesa legal nos tribunais; defesa de indivíduos ou novas tecnologias ameaçados sem razão; na instrução de tribunais e governo sobre as leis; manifestações através do ciberespaço (por e-mail por exemplo); apoio a novas tecnologias que promovam as liberdades individuais e mantém uma página no ciberespaço disponível para todos onde actualiza e disponibiliza informação sobre o seu prepósito.

História da EFF


A organização foi fundada em 1990 por Mitch Kapor, John Gilmore e John Perry Barlow. A fundação deveu-se a inspecções e invasões à empresa Steve Jackson Games pelos Serviços Secretos dos EUA. Para além desta empresa, outras acções semelhantes ocorreram no início de 1990 no âmbito de uma iniciativa federal, a Operação Sundevil. O caso da empresa Steve Jackson Games foi o primeiro a ser conhecido e marcou o início das funções de defesa de liberdades civis da EFF.


Um dos fundadores da organização, John Perry Barlow foi o criador da Declaração de Independência do Ciberespaço. Esta declaração foi publicada em 1996, depois de ter saído a primeira Lei de Telecomunicações nos EUA e uma altura em que a Internet estava a crescer rapidamente.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

“Mapa … uma representação do real”


Como já foi mencionado em posts anteriores, o ciberespaço é um espaço que existe, onde não é necessária a presença física do Homem para que exista comunicação. É o espaço virtual onde a comunicação é possibilitada pelo meio da tecnologia, sendo que o seu principal ambiente considera-se que seja a Internet.

Por sua vez, o Google é um exemplo de um motor de busca que existe na internet e que não necessita de presença Humana, podendo ser comparado ao ciberespaço. Sendo assim, o ciberespaço pode ser comparado a um mapa.

Teoria geral do Mapeamento

  •  Etimologia do mapa: do latim mapa, pano que se lançava ao circo para dar sinal do início dos jogos. A etimologia da palavra remete para um ato de marcação espácio-temporal. Ele traça um princípio;
  • Sentido do mapa: é uma representação coordenada de informação numa superfície;
  •  Função do mapa: estabelecer uma relação entre pontos, do ponto de vista espácio-temporal.

Mapa

  • Seleciona e fixa
  • Duplica
  • Simula

O Mapa e a Cartografia de um espaço

  •   Promovem o esquecimento
  •  Instrumentalizam o saber
  • Agilizam a ordenação
  •  Pautam e regem comportamentos
  •   Fixam os elementos do real
  •   Arquivam o real

sábado, 20 de abril de 2013

Cartoon #1


Man of the week #1

William Gibson


Nasceu  a 17 de Março de 1948, em Conway, Carolina do Sul.

É um escritor norte-americano e canadense.
Perdeu a sua mãe e o seu pai muito cedo, aos 6 e 12 anos, respectivamente. Gibson considera que a morte do seu pai constituiu uma grande importância na sua relação com a ficção científica.
Podemos chamar ao seu livro Neuromante a sua grande obra-prima. Este livro inaugurou uma nova forma de se escrever e de pensar a ficção científica, uma vez que inaugurou uma nova era da ficção científica. É o seu 1º romance e influenciou a trilogia Matrix.
Mudou muitas vezes de residência em criança e sempre gostou de ficção científica.
Em 1968, acabou por se estabelecer em Vancouver, no Canadá, onde se tornou escritor a tempo inteiro.
Desde os anos 70 que escreve livros. As suas primeiras histórias antecipavam o futuro e a alta tecnologia. Os temas, cenários e personagens feitos nessas histórias culminaram no seu livro Neuromante - iniciando o género literário ciberpunk. Sendo Gibson, considerado o pai deste tipo de literatura.
Porém, a seguir a este livro muitos o seguiram, como:

  • Count Zero
  • Mona Lisa Overdrive
  • The Difference Engine.

Com o seu livro O Reconhecimento de padrões (2003), Gibson deixou de escrever sobre o ciberespaço.

Ciberespaço e William Gibson

Antes de mais, é plausível esclarecer os conceitos que servem de base à criação deste blogue. Comecemos com a definição de ciberespaço. 

A palavra ciberespaço foi inventada em 1984, por William Gibson no seu livro "Neuromante". Este dá a seguinte definição: 

 "Ciberespaço. Uma alucinação consensual diariamente experimentada por biliões de operadores legítimos, em cada país, por crianças a quem são ensinados conceitos matemáticos... Uma representação gráfica de dados extraídos de bancos de cada computador do sistema humano. Complexidade impensável. Linhas de luz alinhadas no não-espaço da mente, clusters e constelações de dados. Como luzes da cidade, afastando-se..."

O ciberespaço é um espaço que existe onde não é necessária a presença física do Homem para que exista comunicação. É o espaço virtual onde a comunicação é possibilitada pelo meio da tecnologia, e o seu principal ambiente considera-se que seja a Internet. Não existe fronteiras nem espaço físico, existe revitalização de distâncias e dinamização da comunicação. 

Pierre Lévy define o ciberespaço como "o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores". (1999) 

Com o ciberespaço proporcionou-se uma maior distorção da percepção do espaço e do tempo. Distorcem-se os limites entre o real e o imaginário, o próximo e o distante. 

A consolidação do ciberespaço acabou por fazer surgir novas transformações, como o caso da cibercultura.  

"Quando escrevi Neuromante, quase 25 anos atrás, o ciberespaço estava lá e nós estávamos aqui. Em 2007, o que não nos importamos mais de chamar ciberespaço, está aqui, e aqueles momentos sem conectividade, cada vez mais raros, estão lá. E aí está a diferença. Não houve um amanhecer tingido de vermelho em que nos levantámos, olhámos pela janela e dissemos: 'Oh meu Deus, tudo é ciberespaço agora'." Dito por William Gibson, numa entrevista em 2007 publicada pelo Washington post.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Bem Vindos!

Somos alunas do 2ºano do curso de Ciências da Comunicação e da Cultura, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Este blogue foi criado no âmbito da cadeira denominada Cibercultura, com o objectivo de ser um ponto entre muitos na blogosfera de discussão e esclarecimentos dos temas inerentes à cibercultura e ao ciberespaço.

Os posts serão feitos por nós, as autoras deste blogue:

- Filipa Sardinha

- Jessica Oliveira

- Sofia Martins

- Soraia Martins

- Teresa Carvalho.

Esperamos que este seja um espaço de encontro entre todos os que se interessem por este tema e que queiram aprofundar esses mesmos conhecimentos.